sábado, 28 de agosto de 2010

Chora poeta v2

Chora poeta
O coração em prantos
É lua cheia lá fora
Cheia de tristeza
Em breve músicas irão tocar
Saudade virá cantar
E de fundo o coro da solidão
Chora poeta
Mas lembre-se
A vida não morreu
Como choras essa noite poeta
Sinto dor no teu coração?

É o medo a perturbar
A solidão a me vagar
A saudade bateu minha porta
Então não pude resistir
As lágrimas simplesmente caíram
Os soluços cada vez mais fortes
E a respiração já está a falhar
Como desejei que esse coração parasse
Que essa dor cessasse
Assim essa dor partiria livre
Assim o medo fugiria
E se, realmente acontecer?

Deite em meu colo
E chora poeta
Deixe esses medos
Esses anseios
Simplesmente deixe de lado
Venha a meus braços
Venha descansar
Seu amor é puro e verdadeiro
Logo pude sentir
Não sofras assim
Você que vive de amor
Tão mancebo não deves morrer

Deixe-me deitar em teus braços
Dê-me um abraço
Deixe-me fechar os olhos
Posso vê-la formosa
Em teus cabelos uma rosa
Seus olhos a brilhar
E aquele lindo sorriso de menina
Deixe-me dormir
Para todo o sempre se possível
Quero meus olhos fechar
Apenas poder sonhar
Sempre poder amá-la
Sentindo o seu cheiro
Tua pele e teus suspiros
Deixe-me ir embora

Durma poeta
Guarde essas lágrimas agora
Amanhã será uma nova lua
Amanhã a esperança se levanta
E o amor se renova
Amanhã poderá amá-la

sábado, 14 de agosto de 2010

A Dama

Noites em meu quarto
Deitado em meu travesseiro
Espero algo
Não sei dizer bem o que
Certas noites
Parece-me que o fim é eminente
A Dama Negra parece me beijar
Ou pelo menos tentar
Certas manhãs são diferentes
Àquela flor em meu jardim
Enfim se abriu
Basta um sopro
Um beijo
Da Dama
No seu vestido longo
Tudo se acaba
Para um novo começo
Nem todo final realmente é o fim
E as escolhas?
O que é o destino?
Somos brinquedos de Deus?
A Dama...
É um ciclo de vida
Basta apenas um sopro
Uma voz a escutar
Seus lábios a beijar
Será em uma dessas noites
Quando eu estiver a chorar

domingo, 8 de agosto de 2010

A última poesia

Gostaria de poder sonhar
Só essa noite,
E nesse sonho poder escrever
A minha mais bela poesia
A poesia que me descreve
Escrita pela alma
E pelo coração
Gostaria que essa poesia
Falasse de amor
Do mais puro sentimento
E não mais falar de dor
Esquecer todo o sofrimento
Queria apenas escrever
A mais bela poesia

Espero que nela
O amor eu possa expressar
Espero que nessa poesia
Tua face seja vivida
E bela... Como em meu sonho

Que Deus me permita
Respirar por mais alguns segundos
Mesmo que os últimos
Que permita relembrar de cada poesia
De cada sentimento que tive
E que me dê uma última força
Para que uma nova poesia
Eu possa escrever
E que seja sobre amor
E que seja sobre você
E que seja a última
Mas que seja a mais bela poesia

Estou sentado
Nessa vasta escuridão
Sozinho
Porém também acompanhado
Com meus pensamentos
Lembranças
Por vezes vagas lembranças
Em alguns momentos,
Me traz algumas lágrimas
E por vezes algum sorriso
Esboçado em minha face
Um sorriso melancólico
As vezes ensaio um choro
Melodramático
E quando abro os olhos
É apenas a escuridão
A me fazer companhia
Não há quem possa me escutar
Não há alguém para desabafar
Apenas o eco de minha voz
Em meu quarto
Por vezes apenas o silêncio me responde
Cansado de tanto tentar
Apenas deito-me
Os olhos a fechar
Junto com o sono a fé
E a esperança
De um eterno sonho
Onde enfim eu possa sorrir
E que não me seja apenas um teatro
Um fingimento de sentimentos...

Por vezes

Por vezes
A melancolia bate a minha porta
De tal forma...
Forte, arrebatadora...
Parece querer derrubar a porta
E os muros do coração
Por vezes
As manhãs parecem tão amargas
Que o sol se torna escuridão
E tudo o que deveria ser lindo
Simplesmente não tem importância
Por vezes
A solidão é que me toma
Apenas um vazio
Um buraco negro
Posso sentir o frio
Uma queda livre
Rumo ao chão
Mas nunca posso enxergá-lo
Por vezes
Lágrimas rolam minha face
Falsas
Por vezes
Verdadeiras
Pura felicidade... Pura dor...
Por vezes
Ou sempre
Sinto amor
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