quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Conto II


Ele corria, rápido, desesperado.

Ao olhar para trás nada se podia ver. Mesmo assim corria.

O coração fazia uma tremenda pressão em seu peito.
Teria um lugar para se esconder desse destino?

Sempre pensara que poderia ser invencível. Descobriu após uma noite que não era assim que a vida funcionava...

Olhara para trás, reparara que o caminho percorrido é o teu passado. Nesse momento em que vive, o passado e o futuro estão mais próximos, a velha Dama não descansa, ela até poderia adiar seu trabalho, mas ela um dia iria buscá-lo.

Não havia lembranças dignas de serem deixadas em vida.

Aos poucos a corrida tornou-se caminhada. Mais uma vez olhou para trás, mas se descuidou, tomou o caminho mais curto. Encontrou enfim a Dama.

Não era aquela de capuz negro que imaginara.

Era bela, e naquele momento sentiu a salvação. Ela lhe dera a mão, ele a pegou, e dessa vez sem olhar pra trás, rumou em um novo caminho...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Conto I



Era madrugada vazia, mergulhada num silêncio profundo...

Ela estava deitada, camuflada entre os lençóis. Era momento de dor. O abajur aceso. Segurava um pequeno espelho na mão esquerda, um revólver na direita. Seria rápido, ninguém notaria sua ausência.

Sentiria dor?

Ela já não se importava, já estava entorpecida com as dores que a vida ironicamente lhe presenteou. 

Olhou uma última vez para o retrato de cabeceira, um homem a olhava com duas meninas ao seu lado. Quanto tempo faz mesmo? – pensou. Não havia como salvá-los.

O cano do revólver colado ao lado de sua têmpora direita, era gelado, isso ainda podia sentir...

O silêncio da madrugada quebrou-se, mas foi apenas uma fração de segundo.
Ninguém se importaria com isso.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Neste momento



Neste momento eu a vejo deitada,
Olhos fechados,
Talvez em um profundo sono
(Parece não respirar).

Não sei se você quem sonha ou se o sonho é meu.
Prefiro não saber a verdade...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Alguns Momentos de Vazio


Às vezes são alguns momentos de vazio, minha alma bebe pequenos goles de solidão. 

Meu coração se esconde na mais densa escuridão. A mente quase esvazia, os pensamentos me abandonam, as palavras fogem de mim, e as poucas que ainda me restam, tento compor uma canção barata sem rimas.

 Nesse momento largo a caneta e o papel... 

 Meu travesseiro será meu melhor companheiro essa noite.
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